sexta-feira, 16 de maio de 2008

GRANDES QUESTÕES PRÁTICAS PARA O GFAL

Na série de artigos postados aqui - como contribuição à discussão do GFAL - tratamos das idéias, do por quê. Não tratamos do como, quer dizer, das práticas e das metodologias.

Dissemos aqui quais são, ao nosso ver, as questões-chave colocadas para as empresas que quiserem se manter na busca da sustentabilidade neste início do século 21. Agora será necessário responder essas questões associadas a cada um dos desafios considerados:

1 – A empresa como agente de desenvolvimento. Como elaborar, articular e executar programas inovadores de desenvolvimento baseados no investimento em capital social? Que programas seriam esses, quais as suas características, como eles poderiam ser desenhados e quais os requisitos para a sua aplicação? Quais seriam as metodologias mais indicadas para induzir o desenvolvimento da localidade onde a empresa está sediada ou do setor em que ela atua?

2 – Rede e democracia na empresa. Como estabelecer um padrão de rede na organização, mobilizando setores, equipes e pessoas em torno de valores compartilhados e objetivos comuns? Como fazer netweaving para articular e animar redes de stakeholders? E como aplicar as novas tecnologias de informação e comunicação para iniciar a transição de uma organização-mainframe para uma organização-network? E ainda: como implementar uma dinâmica democrática dentro da organização e nas suas relações externas?

3 – A empresa com uma causa. Como rever as definições estratégicas básicas da empresa à luz das novas exigências de sustentabilidade, reformulando com clareza os seus valores centrais e o seu objetivo? Como definir a causa da empresa? E como promover o voluntariado dentro e fora da empresa em torno da sua causa?

4 – Da responsabilidade social para a responsabilidade política. Como formular uma agenda de responsabilidade social e uma agenda de responsabilidade política que contemplem as questões-chave colocadas pelos desafios acima?

Para apoiar esse esforço seguem algumas indicações de leitura.

Para uma visão básica do processo de sustentabilidade é recomendável ler os seguintes artigos:

1 – MATURANA, Humberto e VARELA, Francisco (1973). De Máquinas e Seres Vivos – autopoiesis: a organização do vivo. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997.
2 – LOVELOCK, James. Gaia: a new look at life on Earth. Oxford: Oxford University Press, 1979.
3 – MATURANA, Humberto (1985). Desde la Biología a la Psicología. Santiago de Chile: Editorial Universitaria, 1996.
4 – LOVELOCK, James (1991). Gaia: medicine for an ailing planet . London: Gaia Books, 1991 (Existe tradução brasileira: Gaia: cura para um planeta doente. São Paulo: Cultrix, 2006).
5 – CAPRA, Fritjof (1996). A teia da vida: uma nova compreensão científica dos sistemas vivos. São Paulo: Cultrix, 1997.
6 – MARGULIS, Lynn (1998). O Planeta Simbiótico: uma nova perspectiva da evolução. Rio de Janeiro: Rocco, 2001.
7 – LEWONTIN, Richard (1998). A tripla hélice. São Paulo: Companhia das Letras, 2002.
8 – JACOBS, Jane (2000). The nature of economies. New York: Vintage Books, 2000 (Existe tradução brasileira: A natureza das economias. São Paulo: Beca, 2001).
9 – FRANCO, Augusto (2001). Capital Social: leituras de Tocqueville, Jacobs, Putnam, Fukuyama, Maturana, Castells e Levy. Brasília: Instituto de Política, 2001.
10 – GORE, Al (2006). An inconvenient truth - The planetary emergency of global warming and what we can do about it (Existe tradução brasileira: Uma verdade inconveniente - O que devemos saber (e fazer) sobre o aquecimento global. São Paulo: Manole, 2006).
11 – UGARTE, David (2007). O poder das redes. Porto Alegre: CMDC / ediPUCRS, 2008.

Sobre sustentabilidade empresarial é importante ler, pelo menos, os seguintes textos:

1 – FREEMAN, Edward R. (1984). Strategic Management: a stakeholder approach. Boston: Pittman, 1984.
2 – COLLINS, James e PORRAS, Jerry (1995), Built to last: successful habits of visionary companies (Existe tradução brasileira: Feitas para durar: práticas bem-sucedidas de empresas visionárias. Rio de Janeiro: Rocco, 1995)
3 – de GEUS, Arie (1997), The living company (Existe tradução brasileira: A empresa viva: como as organizações podem aprender a prosperar e se perpetuar. Rio de Janeiro: Elsevier, 1998).
4 – ELKINGTON, John (1998). Cannibals with Forks: the Triple Bottom Line of 21st Century Business. Filadélfia: New Society, 1998.
5 – LASZLO, Chris (2004). The Sustainable Company. Washington: Island Press, 2003.
6 – SAVITZ, Andrew e WEBER, Karl (2006). The Triple Bottom Line. New York: John Wiley & Sons, 2006. (Existe tradução brasileira: A empresa sustentável: o verdadeiro sucesso é lucro com responsabilidade social e ambiental. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007).

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