domingo, 25 de maio de 2008

FALTAM 24 DIAS PARA O GFAL

Prossegue a contagem regressiva. Neste blog publico minhas contribuições à discussão preparatória do Global Forum América Latina (CIETEP, Curitiba, Paraná, Brasil, 18 a 20 de junho de 2008). Por favor, leia os artigos deste blog de baixo para cima, na ordem inversa de publicação. Comece pelo artigo ANÁLISE DO CONTEÚDO DOS PRINCÍPIOS DO GLOBAL COMPACT PARA A EDUCAÇÃO EXECUTIVA DE ALTO NÍVEL.

As questões de hoje são as seguintes:

17 – Quanto aplicado ao mundo empresarial, o conceito de sustentabilidade tem sido formulado assim: “Empresa sustentável é aquela que gera lucro para os acionistas, ao mesmo tempo em que protege o meio ambiente e melhora a vida das pessoas com que mantém interações” (Savitz e Weber, 2006). Na sua opinião, essa conceituação é adequada? (Examine as afirmativas abaixo e escolha a(s) melhor(es) alternativa(s)):
I - Sim, pois é disso que se trata mesmo: sustentabilidade econômica (gerar lucros), sustentabilidade ambiental (proteger o meio ambiente) e sustentabilidade social (melhorar a vida das pessoas).
II - Não, o conceito de sustentabilidade vai além disso, conotando um sentido sistêmico que não pode ser adequadamente traduzido por uma soma de ações setoriais: econômicas, ambientais e sociais.
III - Não, pois embora qualquer empresa tenha como objetivo precípuo a geração de lucro e deva ter a responsabilidade suficiente para não destruir os recursos que serão necessários para a vida da geração presente e das gerações futuras e para não afetar negativamente as sociedades que sofrem o impacto de seu funcionamento, sua sustentabilidade não poderá ser conquistada (e não estará garantida) apenas com a efetivação dessas medidas.
IV - É imprecisa, pois não se trata exatamente de ‘proteger’ o meio ambiente e sim de promover a sua conservação dinâmica (isto é, dinamizando as potencialidades naturais latentes em prol do desenvolvimento).
V - É imprecisa, pois não se trata exatamente de ‘melhorar a vida das pessoas’ individualmente e sim de contribuir para a criação de ambientes que favoreçam o seu desenvolvimento humano e social.
VI - É incompleta, pois embora considere as dimensões econômicas, ambientais e sociais da sustentabilidade, não leva em conta a sua dimensão política.
a) I
b) II e III
c) II, III e IV
d) II, III, IV e V
e) II, III, IV, V e VI
f) Nenhuma das alternativas anteriores.

18 – Uma empresa isolada pode alcançar sustentabilidade? (Examine as afirmativas abaixo e escolha a(s) melhor(es) alternativa(s)):
I - Não, sustentabilidade (ou desenvolvimento, numa visão sistêmica) é sempre a operação de uma rede de co-desenvolvimentos interdependentes.
II - Não, para alcançar a sustentabilidade a empresa deve fazer uma gestão adequada da rede de seus stakeholders (termo cunhado por Edward Freeman (1984) em “Strategic Management: a stakeholder aproach”, para designar qualquer pessoa que seja afetada, ou possa ser afetada, pelo desempenho de uma organização), voltada para o seu próprio desenvolvimento e para o desenvolvimento do mundo onde ela e seus parceiros atuam.
III - Não, o que chamamos de desenvolvimento (ou sustentabilidade segundo um modelo regulacional e não transformacional ou variacional) é algo que acontece em rede: é a rede que regula a adaptação, mudando seu programa de adaptação, ou seja, aprendendo (e é isso o que se chama de sustentabilidade ou desenvolvimento, na nova concepção sistêmica).
a) I e II
b) II e III
c) I e III
d) I, II e III
e) Nenhuma das alternativas anteriores.

19 – Uma empresa pode alcançar sustentabilidade apenas por razões empresariais? (Examine as afirmativas abaixo e escolha a(s) melhor(es) alternativa(s)):
I - Não, empresas não são o que parecem: a primeira vista são enterprises de um empreendedor que arregimenta subordinados em troca de um pagamento, mas nenhuma empresa poderá se tornar sustentável por razões exclusivamente empresariais, sem alavancar recursos novos (baseados no engajamento voluntário, no entusiasmo para criar e para inovar) que não podem ser obtidos apenas em troca de remuneração.
II - Não, as empresas devem ter uma causa e devem contar com trabalho voluntário de seus colaboradores em torno dessa causa (transformando-os em agentes do desenvolvimento da empresa e do mundo onde a empresa atua).
III - Não, pois como disseram James Collins e Jerry Porras (1995), em “Built to last: successful habits of visionary companies”, “a empresa será cada vez mais mantida pela ideologia. As pessoas ainda têm uma necessidade humana de pertencer a algo de que possam se orgulhar. Elas necessitam de valores e de um objetivo que dá significado às suas vidas e aos seus trabalhos. Elas precisam estar ligadas a outras pessoas, compartilhando com elas crenças e aspirações em comum”.
IV - Não, porque como escreveu Arie de Geus (1997) em "The living company" "uma empresa viva saudável terá membros, representados por pessoas e outras instituições, que aderirão a um conjunto de valores comuns e que acreditarão que os objetivos da empresa tanto lhes permitem alcançar seus próprios objetivos individuais como os ajudam nesse sentido".
a) I
b) I e II
c) I, II e III
d) I, II, III e IV
e) Nenhuma das alternativas anteriores.

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