sábado, 14 de junho de 2008

AGORA SÓ FALTAM 4 DIAS

MINHA TORCIDA

O GFAL começa na próxima quarta-feira. Estou torcendo (e muitos comigo), para que:

1) Reafirmemos os Princípios do Global Compact para a educação executiva de alto nível, mas não fiquemos no principismo declaratório, procurando converter as almas por meio do proselitismo em prol da sustentabilidade.

2) Não reduzamos a problemática sistêmica da sustentabilidade ao seu aspecto ambientalista, criando qualquer tipo de corrente para salvar o Planeta. O Planeta, felizmente, não está em risco. Nem mesmo a vida no Planeta - a biosfera - está em risco. As longas linhagens de seres vivos que surgiram antes de nós, continuarão muito depois de nós. Quem pode entrar em risco se não mudarmos de atitude é a espécie humana e, por decorrência, a sociedade humana, as organizações humanas, os padrões de interação social e os valores humanos que construimos e tanto prezamos.

3) Encaremos a vida como um valor principal, mas não o único: certos padrões de convivência social, além da vida (biológica) – como a cooperação ampliada socialmente (o chamado capital social) ou a vida em comunidade, as redes voluntárias de participação cidadã e a democracia na base da sociedade e cotidiano do cidadão – também constituem um valor inegociável, quer dizer, um valor que não pode ser trocado pelo primeiro. Em outras palavras, não podemos esquecer tudo isso para nos dedicarmos agora somente a tentar retardar o desaparecimento biológico da espécie. Não vale ser salvo da destruição para viver em um mundo desumanizante.

4) Compreendamos que uma reforma da educação empresarial deva ser pautada não pelos critérios de lucratividade. Para a atividade empresarial, lucro deve ser uma obrigação, não um objetivo. E que, portanto, os critérios a partir dos quais devemos reformar os currículos e os processos de educação executiva de alto nível devem ser muito mais abrangentes, enfrentando de uma maneira sistêmica os desafios da sustentabilidade colocados para as empresas neste dealbar do século 21.

5) Tomemos consciência de que enfrentar os desafios da sustentabilidade é a única maneira de aumentar a garantia de futuro. Em outras palavras, a empresa que quiser ter futuro deve se preocupar, no presente (agora, não depois; hoje, não amanhã), com os quatro desafios seguintes:

I - Induzir o desenvolvimento (da empresa e do meio em que a empresa atua, elaborando, articulando e executando programas de sustentabilidade).

II - Fazer a gestão democrática da rede dos seus stakeholders (iniciando a transição do seu padrão de organização – de mainframe para network – e democratizando progressivamente seus procedimentos internos e externos).

III - Promover o voluntariado em torno de uma causa.

IV - Exercer de uma nova maneira a sua responsabilidade social e assumir a sua responsabilidade política.

São os meus votos, faltando apenas 4 dias para o início do GFAL.

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